É fundamental que sejam tomadas com base no que é melhor para o negócio, e não para benefício próprio
Gustavo de Leva | Fotos Divulgação
Apesar dos inúmeros desafios enfrentados pelas empresas para se manterem no mercado — como a alta carga tributária, influências econômicas globais, questões políticas, guerras e impactos ambientais — muitas delas também enfrentam dificuldades internas, especialmente relacionadas à gestão familiar. Muitas vezes, familiares que ocupam posições dentro da empresa podem não ter a aptidão necessária para os cargos que exercem. É essencial compreender que uma empresa familiar carrega grandes responsabilidades e precisa de uma equipe bem preparada para competir em um mercado cada vez mais competitivo.
Muitos empresários, especialmente aqueles de famílias que controlam o negócio, precisam entender que a empresa vai além de atender suas próprias necessidades ou satisfazer vícios como ego, crenças pessoais e centralização nas decisões. É fundamental que elas sejam tomadas com base no que é melhor para o negócio, e não para benefício próprio. Ter indicadores claros que mostrem a real situação da empresa, seja positiva ou negativa, é crucial — mesmo que o gestor seja um parente. Isso ajuda a mitigar riscos e a evitar desvios que possam prejudicar a reputação da empresa.
É essencial que o fundador da empresa tenha uma visão clara de que a competitividade dos negócios atuais exige o mapeamento e a identificação de oportunidades e riscos, para garantir a continuidade sustentável do negócio. Também é necessário cobrar resultados de todos os membros da família, assegurando que cada um assuma suas responsabilidades e contribua para que a empresa alcance seus objetivos.
Portanto, a estruturação da gestão, alinhada à uma boa governança e à medição de desempenho, é fundamental para que o negócio prospere. Isso não só evita conflitos familiares, mas também sustenta o crescimento de forma sustentável, assegura a longevidade da empresa e promove a melhoria contínua dos resultados financeiros, com menos desperdícios e maior controle.
Gustavo de Leva é Consultor Financeiro.
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