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Cuidar - Sentidos múltiplos. Amplitude vasta. Valores diversos

Geni Costa | Fotos Divulgação

Recentemente, passando os olhos pelas mídias sociais me deparei com um post bem interessante. Na verdade, intrigante. Me chamou a atenção de imediato. Na publicação, aparecia uma senhora segurando um cartaz.

Nele estava escrito o seguinte recado: Não me ligam. Não me cuidam. Não me visitam! Filhos, não se esqueçam de que um dia vocês vão envelhecer. Assinado: mamãe. Sim, minha senhora. Mil vezes, sim. O seu post tem potencial valor. Tenho como convicção de que devemos cuidar das pessoas mais velhas, em especial, dos nossos pais. Àqueles que nos deram a vida.

Essa vida que podemos hoje usufruir e vivê-la em plenitude. Todos nós envelheceremos, caso o ciclo de vida não se interrompa antes. Passamos por todas as fases: infância, adolescência, juventude, juventude adulta, maturidade e velhice – última fase da vida, sendo, atualmente, a de maior extensão.

É preciso entender de uma vez por todas que a velhice é a maior categoria do ciclo da vida e que as necessidades de cada fase, dentro da mesma categoria, carecem de cuidados bem diferenciados. O mundo está cada vez mais se avolumando. E, também, se tornando mais velho.

O número de pessoas com 65 anos ou mais no planeta, hoje de 761 milhões, deve mais que dobrar até a metade do século, chegando a 1,6 bilhão em 2050. Em Uberlândia, essa realidade se repete.

Somos um município com 755 mil habitantes com destaque em desenvolvimento e crescimento populacional. Desse número expressivo de habitantes, aproximadamente, 110 mil são pessoas idosas - institucionalizadas ou não. Podemos afirmar que parte das preocupações da gestão municipal deva ser com o crescimento alarmante de pessoas idosas, como forma de manter a dignidade de vida desse contingente, até o fim.

E, isso, tem acontecido, com primazia e cuidado pelas Política Públicas propostas e mantidas aqui em Uberlândia. São agendas importantes como: condomínio do idoso, Centros de Convivência - CEAIs, Casas Dia, Conselho do Idoso, CREAS Idoso/ Deficientes, gratuidade no transporte público, vaga especial de estacionamento, Instituições de Longa Permanência - ILPIs, atendimento médico domiciliar e muito mais ações.

Também penso que devamos lembrar que, de toda forma, em todos os casos a palavra CUIDAR precisa ser ressignificada. Caso contrário, estaremos fadados a banalizar o atendimento aos desvalidos, aos dependentes, aos frágeis, aos oprimidos, aos que necessitam, de verdade.

É preciso não mediocrizar os cuidados. É preciso não banalizar a dor. É preciso nos sensibilizar com o sofrimento do outro. É preciso valorizar a vida, enquanto há vida. Daí a importância de entender a palavra CUIDAR com sentidos múltiplos, amplitude vasta, valores diversos.

Profa. Dra. Geni de Araújo Costa é Professora Titular da Universidade Federal de Uberlândia (UFU); Pós-graduada (mestrado e doutorado) em Educação e Longevidade - PUC/ SP; Estudiosa sobre o processo de envelhecimento, bem-estar e qualidade de vida.

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