Somente com as pessoas mais engajadas e conscientes que a cidade seguirá o seu destino rumo ao futuro desejado
José Mauro Floriano | Fotos Divulgação
O termo cidades inteligentes ou Smart Cities surgiu nos anos 80. Devido à evolução tecnológica, grupos de pensadores, estudantes, pesquisadores e empresários iniciaram debates sobre como seria um futuro das cidades: suas relações, conexões, mobilidade urbana, qualidade de vida, convivência entre humanos e robôs, carros automatizados, comércio eletrônico e, principalmente, a preservação da vida, da natureza, dos recursos naturais.
Em diferentes países, empresas e cidades são analisadas frente ao comprometimento com programas inovadores e com progressos tecnológicos que contribuam para a modernização das cidades.
Exemplo de quesitos considerados incluem: Eficiência Energética, Comprometimento com o Meio Ambiente, Direitos Humanos, Inclusão (diversidade e equidade), Transparência e Ética, Tecnologias Emergentes, Governança e Economia, Infraestrutura, Segurança Pública e Prevenção de Acidentes.
Devido às mudanças climáticas, um tema está sendo incluído nos critérios de avaliação das smart cities. Trata-se da BLUE ECONOMY, que tem como objetivo garantir que a vida marinha e os mares sejam preservados para as futuras gerações.
No Brasil foi estabelecido o RANKING CONNECTED SMART CITIES. As cidades respondem a um questionário que aborda os seguintes setores:
O Ranking de 2023 apontou as cinco primeiras cidades:
1a - Florianópolis - SC
2a - Curitiba - PR
3a - São Paulo - SP
4a - Belo Horizonte - MG
5a - Niterói - RJ
As outras cidades mineiras que participaram, ocuparam as seguintes posições:
Uberlândia - 30a posição
Varginha - 41a
Uberaba - 49a
Betim - 64a
Araxá - 78a
Juiz de Fora - 81a
Contagem - 83a
Itabirito - 94a
Destacamos que Campinas ficou na 13a posição, Brasília na 14a, Goiânia na 23a e Ribeirão Preto na 26a.
Quais ações podem ser implantadas para a cidade melhorar sua classificação neste ranking?
Tomo a liberdade de sugerir algumas:
1. Promover e envolver a sociedade em discussões relacionadas aos temas avaliados. Entidades representativas da cidade como Universidades, Institutos, empresas, governo, entidades de classe, associações de bairro e que prestam trabalhos comunitários, todos devem ter acesso aos conteúdos e incluir em suas agendas a promoção de intercâmbios, atividades comunitárias e acadêmicas, eventos e congressos.
2. Nomear um Comitê Gestor Smart City para receber, avaliar projetos e propor ações relacionadas aos setores, temas e indicadores que compõem o Ranking. hub inovação
3. Estimular pesquisas, patrocinar estudos e definir planos e orçamento para implantação dos projetos selecionados pelo Comitê Gestor Smart City.
O Ranking é uma referência, uma fotografia em atendimento aos requisitos e indicadores, entretanto, somente com as pessoas mais engajadas e conscientes que a cidade seguirá o seu destino rumo ao futuro desejado, onde as pessoas e a vida sejam valorizadas e integradas ao uso consciente da tecnologia e dos recursos naturais.
José Mauro Floriano é Corretor e Avaliador Imobiliário; MBA Gestão Empresarial. Especialista em Gestão Empresarial e Investimentos em Negócios Inovadores.
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