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Arquitetura e Arte - Os romanos são admiráveis no quesito da construção e arquitetura.

Alvaro Tadeu | Fotos Divulgação


A arquitetura é um tipo de arte que conta a história de uma sociedade em determinada época. É considerada uma ciência humana quando serve para compreender como o homem vive, habita e se comporta desde os primórdios. Também é considerada ciência exata quando necessita da matemática e da física para ser aplicada. Quando, por exemplo, olhamos para o Coliseu, em Roma, nasce em nós uma grande curiosidade de saber como aquela construção foi feita, quem a fez e para que servia. Por trás da majestade do Coliseu está o grande império romano, o maior império de todos os tempos, com uma sociedade muito inteligente e evoluída. Os romanos são admiráveis no quesito da construção e arquitetura. Eles aproveitaram todo o conhecimento da matéria ao longo de milênios e refinaram as suas construções com luxo e arte. Aquedutos, estradas, termas, pontes, praças, anfiteatros são exemplos dessa categoria. Ainda, templos, palácios, pórticos e igrejas. Os guindastes e os instrumentos de precisão usados para fazer construções perfeitas também são inventos romanos. Era com esses guindastes de madeira e cordas que os construtores levavam as grandes pedras para cima. Quase tudo que temos hoje para facilitar a vida e trazer conforto foi pensado e projetado pelos romanos. Nada se cria, tudo se copia. Esse ditado cai bem quando se sabe que muitas das coisas atuais são adaptações daquelas originalmente criadas pelos matemáticos, pelos pensadores e pelos construtores romanos. Na visita que fiz nas ruínas das cidades de Pompéia e Herculano, na Itália, várias coisas me chamaram a atenção nesse sentido. Os romanos viviam em cidades que tinham muitas das coisas que as nossas cidades têm hoje. Nas principais cidades romanas havia sempre um grande anfiteatro para a realização de peças teatrais e também para competições de gladiadores e outras atrações.

Havia também padarias, restaurantes, lojas, centro administrativo, templos religiosos e até bordéis. As casas das famílias nobres e abastadas possuíam água encanada. Os canos de cobre ainda estão lá no chão, em Pompéia e Herculano, Itália, para confirmar isso. A faixa de pedestres foi uma ideia romana. Como as ruas eram muito sujas, para atravessálas a pé os romanos posicionavam pedras altas e retangulares, paralelas umas às outras, afim de que, ao passar para o outro lado, a pessoa tivesse segurança e não pisasse no lixo esparramado. As nossas faixas atuais, pintadas no chão, em forma de retângulos paralelos, é uma adaptação daquela milenar criação.

Os telhados das casas eram feitos com madeiramento muito bem estruturado com telhas de cerâmica. As paredes eram feitas de tijolos e rebocadas. As casas tinham sala, quartos, cozinha, varanda e jardim. Nas casas mais ricas as paredes eram adornadas com lindas pinturas. Alguns dos estilos arquitetônicos ao longo da história: medieval, românico, gótico, renascentista, barroco, neoclássico, art déco, art noveau, modernista, enfim, cada um com o seu encanto, cada um com seus detalhes, cada um correspondendo ao momento social e cultural de uma época. Nos anos 80, no Brasil, época da minha juventude, surgiram grandes arquitetos e decoradores que marcaram aquela época. A contratação de um profissional renomado para fazer um projeto e decorar uma residência era restrita às famílias mais ricas. A maioria dos decoradores era auto didata. Pessoas de muito bom gosto por sinal. A decoração nessa época seguia padrões clássicos. Uso de cores quentes, tecidos estampados, tapetes persas, cortinas com pregas, móveis clássicos. Os armários de madeira cuidadosamente desenhados, os pisos eram paginados, tudo requeria muito trabalho do decorador que tinha de apresentar tudo pormenorizado para os profissionais que iam executar esses projetos.

Os arquitetos, engenheiros e decoradores dos anos 80 e 90 eram verdadeiros artistas. Alguns nomes de grandes profissionais dessas duas décadas: Ana Maria Vieira Santos, João Armentano, João Mansur, Sig Bergamin, Brunette Fraccaroli e outros. Atualmente, a arquitetura de uma casa ou de um prédio não requer tantos detalhes. A arquitetura moderna segue linhas retas, grandes vãos, muito vidro, pisos e cores frias. Muitas pessoas vão achar que os projetos atuais são frios e sem aconchego. O Brasil é um país relativamente jovem. Temos pouco mais de 500 anos.

A Europa existe há milênios, antes de Cristo. O povo europeu é mais conservador na arquitetura e na decoração e preserva melhor o seu patrimônio histórico. Depois de passar por duas grandes guerras mundiais, os europeus não têm a mesma disposição de mudar tanto de estilo arquitetônico como os brasileiros.

Aqui no Brasil, cada década tem seu estilo de construção e de decoração. É por isso que fica difícil e caro acompanhar as mudanças da arquitetura e da decoração no nosso país. Vivemos ciclos, a roda gira, pode ser que daqui a pouco tudo volte a ser como era nos anos 80 e 90, decorações mais aconchegantes que remetiam ao amor e ao aconchego da família.

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