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Além das aparências - Os desafios reais do empreendedor moderno

Júnior Queiroz | Foto Divulgação

Vivemos em uma era de influência digital sem precedentes, onde as redes sociais desempenham um papel significativo na formação de opiniões e percepções. De acordo com um estudo da Pew Research Center, 72% dos adultos online nos EUA usam pelo menos uma rede social, expondo-os a uma vasta gama de conteúdos compartilhados nessas plataformas. Além disso, um relatório da influenciadora digital Hootsuite destaca que 71% dos consumidores online são influenciados pelas recomendações de amigos e familiares nas redes sociais, demonstrando o poder dessas plataformas na influência do comportamento e das decisões.


A pressão comparativa também é uma realidade crescente, conforme descrito por uma pesquisa da Universidade de Essex. Indivíduos que passam mais tempo nas redes sociais têm maior probabilidade de se sentir insatisfeitos com suas vidas, evidenciando uma correlação entre exposição a vidas aparentemente luxuosas e níveis de satisfação pessoal. O fenômeno do “show off culture” descreve a tendência das pessoas de exibirem somente seus melhores momentos e conquistas, contribuindo para uma percepção distorcida de sucesso e felicidade. Em minha realidade de atendimento de mentoria e cursos, recebo alunos e mentorados que me procuram acreditando estarem perdidos neste mundo onde todos estão bem a todo momento. Precisamos rever esses pré-conceitos, pois essas distorções podem levar as pessoas a se sentirem completamente perdidas em si mesmas.


Essas influências podem afetar negativamente a mentalidade empreendedora. Um estudo da Universidade de Stanford destaca que a cultura do Vale do Silício, conhecida por celebrar o sucesso rápido e o glamour do empreendedorismo, pode levar alguns indivíduos a subestimar a importância do trabalho árduo e persistência necessária para o sucesso duradouro. O conceito de “get-rich-quick mentality”, que sugere que é possível alcançar sucesso financeiro sem esforço, pode desviar os aspirantes a empreendedores dos desafios e obstáculos inerentes ao caminho para o sucesso.


Esses desafios são refletidos nos processos de contratação das empresas. Uma pesquisa da Glassdoor revela que 45% dos candidatos a emprego consideram a cultura da empresa como um dos principais fatores ao avaliar uma oferta de emprego. Além disso, um estudo da Gallup demonstra que empresas com culturas organizacionais fortes têm uma taxa de retenção de funcionários 59% maior do que aquelas com culturas fracas, destacando o impacto da cultura organizacional na atração e retenção de talentos. Olhando os números de minha empresa de recursos humanos e minha experiência, poderia dizer que 70% dos candidatos buscam uma cultura empresarial de crescimento. Porém, quase nenhuma empresa no Brasil conhece o conceito de “Culture Book”, o que chamo de Manual de Cultura, onde criamos um documento ou publicação que descreve e define a cultura organizacional de uma empresa de forma detalhada. Geralmente, o Culture Book é uma compilação de valores, crenças, comportamentos, práticas e normas que definem a identidade e o ambiente de trabalho de uma organização, incluindo plano de carreira.


A inteligência emocional corporativa é essencial no empreendedorismo no mundo atual. Segundo a Harvard Business Review, 90% dos líderes de alto desempenho possuem alto nível de inteligência emocional, o que demonstra sua relevância para o sucesso profissional. Uma pesquisa da TalentSmart reforça essa ideia, mostrando que 58% do desempenho no trabalho é atribuído a competências emocionais, como autoconsciência, autogerenciamento e empatia. Porém, no Brasil, temos ainda um grande desafio, pois muitos empresários consideram as questões emocionais como mera bobagem. Em meus treinamentos empresariais, costumo encontrar alguns líderes que vivem reféns de uma visão pequena e restritiva e, assim, vivem caminhando em “circulo”.


Frente a todos esses desafios, como empresário, treinador empresarial e investidor, tenho implementado estratégias para promover uma cultura de inteligência emocional em meus negócios e levando também àqueles que desejam se adequar aos cenários atuais e expandir suas visões. Reconheço que o sucesso duradouro no empreendedorismo requer compromisso com o desenvolvimento pessoal e profissional contínuo, além de uma mentalidade resiliente diante das influências externas. Minha frase emblemática diz que só é duradouro aquilo que se alimenta todos os dias. Por isso, precisamos dar o primeiro passo e nos manter em movimento.


Júnior Queiroz - Empresário, Treinador Empresarial e Investidor.

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