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Foto do escritorSerifa Comunicação

A era da “comoditização”

Avanço da tecnologia reforça esse conceito

Cezar Honório | Fotos Divulgação

A chamada inteligência artificial, pintada como a maior mudança para a humanidade desde a revolução industrial, de fato, tem todo este potencial? Só o tempo responderá esta pergunta com alguma precisão. Mas é possível fazer algumas inferências. A sociedade atual passa por um momento de “comoditização” em níveis nunca imaginados. Inclusive da imagem humana. O avanço das tecnologias permite, por exemplo, que se faça ajustes físicos no corpo e especialmente na face. O resultado da tal harmonização facial – em alguns casos “demonização” facial, segundo definição de uma amiga – é a utopia de um padrão de beleza homogêneo. Como se isso fosse uma virtude. De qualquer forma, a história mostra que esses movimentos são cíclicos. O que significa dizer que no futuro certamente características que nos tornam únicos como uma combinação de nariz grande e boca fina associada a olhos pretos ou coloridos voltará a ter mais valor do que o atual cenário de beleza que quando não nos leva à monotonia, por vezes, nos passa sustos com resultados duvidosos. Mas voltando à questão inicial sobre a inteligência artificial, certamente esta tecnologia está reforçando ainda mais este conceito de comoditização da humanidade. Todos os setores precisarão se ajustam a este cenário. A educação e a comunicação, por exemplo, passaram a conviver com redações, reportagens e textos publicitários iguais ou muito parecidos. O que só tornou a originalidade de ousadia ainda mais admiráveis. No atacado, isso gera algum resultado. Mas, no varejo, continuará prevalecendo a criatividade e capacidade cognitiva que só existe no cérebro humano. Pelo simples fato que nem a inteligência artificial mais espetacular será capaz, mesmo num futuro distante, capitar e digerir com precisão as emoções humanas. Sabe aquela sensação que a gente tem quando visita um cenário natural único que nenhum equipamento fotográfico é capaz de retratar com exatidão? Então, isso ocorre primeiro porque o olho humano ainda é a melhor ferramenta para capitar imagens. Segundo porque somente você, que estava ali naquela combinação única de aromas e luzes associada ao seu estado emocional, percebe todo o potencial daquela experiência. Para não deixar o caro leitor sem uma conclusão, digo que assim como a roda, energia elétrica e o telefone, a dita inteligência artificial é sim um instrumento importante que veio para facilitar ainda mais a vida da humanidade. Até para que possamos ter mais tempo para vivenciar momentos extraordinários como sentir a emoção de estar no topo de uma montanha ou vivenciar o calor e o perfume à beira mar. Que assim seja!

Cezar Honório Teixeira é jornalista e fundador da Legatu – História de Marca www.legatu.com.br

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